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O EMPATE OBRIGATÓRIO
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por 
A matemática explica,
meus bróderes:
não há tragédia quando o maior do mundo dá uma colher de chá às sardinhas de não Januário.
Sim,
empatamos com o Vascovarde.
O jogo deles,
ontem,
contra nós,
foi a final da várzea que,
os menores do mundo,
merecem.
Deixemos que eles comemorem o milagre de não terem tomado gols.
E daí?
A verdade é que,
pra nós,
esse foi o empate obrigatório a ser anotado na tabela dos times multicampeões.
Nada mais que o tropeço previsto na jornada do herói,
aquele cochilinho diubidiu antes do próximo massacre.
A nossa história na T25 tá só começando.
Ontem,
fizemos o sétimo jogo a vera desta temporada.
Nada além disso...
E nós,
as almas flamengas,
somos possuídas por todas as entidades,
dos Exus às Giras.
Isso aqui é Flamengo,
porra!
O zero a zero de ontem foi o desvio clássico na caminhada tranquila rumo aos títulos.
A curva que antecede a reta da glória.
Um grão de areia no chinelo de quem volta da praia.
Foda-se!
Continuamos dando as cartas.
Temos a posse de bola,
os passes,
o domínio,
o drible,
a soberania e a soberba forjadas nas almas gigantes do futebol.
Dane-se que a rede não balançou ontem no Maraca:
isso foi um mero detalhe técnico.
O importante é que jogamos cagando e andando pra insignificância das sardinhas de não Januário,
enquanto eles tentavam entender o que estava acontecendo.
E o Campeonato Brasileiro,
o mais importante evento esportivo das Américas,
segue seu rumo.
E nós seguimos invictos,
no segundo lugar da tabela,
jogando com a malvadeza de um rolo compressor.
Não importa que empatamos ontem.
Porque,
na escala cósmica do futebol,
empatar ou ganhar do Vascagão é uma discussão inócua.
Todo mundo sabe:
eles são só uns cafés com leite,
figurantes nas filmagens da sétima arte épica do melhor futebol da América.
Ontem,
nós,
os protagonistas,
demos uma descansadinha.
Aquela bocejadinha gostosa antes do soninho após o almoço.
Só isso.
Próximo ato:
LDU.
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