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O ÓBVIO ULULANTE, COMO DIRIA O MESTRE.

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O ÓBVIO ULULANTE, COMO DIRIA O MESTRE.

    Enquanto perdurar,

    no imaginário rubro-negro,

    a noção de que a tal Libertadores é o ápice futebolístico das Américas,

    temo que continuaremos colecionando fracassos.

    Esses vexames,

    que,

    a cada temporada,

    engrossam a lista das nossas humilhações libertinas,

    são fruto de medo, 

    e não de petulância.

    Os jogos pavorosos do Flamengo nessa competição são filhos de uma puta reverência desmedida;

    não é a falta de respeito que nos derruba,

    mas, 

    justamente, 

    o excesso dele.

    Quando ouço certos cronistas, 

    de microfone em punho,

    repetindo que o Flamengo entra soberbo e,

    por isso mesmo,

    paga mico,

    eu penso:

    santa ingenuidade,

    Flatman!

    Não é precisamente o oposto?

    A alma flamenga,

    por uma curiosa inversão de valores,

    entra em campo com tamanha carga de importância,

    tão apavorada na missão libertária,

    tão reverente diante desses timecos da Libertadores,

    que terminamos sempre por sucumbir às nossas próprias expectativas.

    A soberba que nos atribuem é,

    na verdade,

    a armadura que nos falta.

    Se o Flamengo entrasse, 

    de fato, 

    soberbo e cheio de marra,

    passearíamos em campo,

    atropelaríamos tudo e todos,

    tal qual um urubu faminto.

    Mas preferimos ficar,

    neste drama de autoengano:

    ou de fato entendemos que a tal da Libertadores é um torneio de baixíssimo nível técnico,

    com vários adversários do resto das Américas,

    sem dinheiro nem para comprar suas chuteiras e,

    sendo assim,

    completamente incapazes de resistir aos milionários times brasileiros,

    ou seguiremos tomando no rabo nesse torneio,

    jogo após jogo,

    nesse eterno retorno das desventuras que eu ouso chamar de Libertinha.

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