O BATE-BATE DO CRUZEIRO E A BENEVOLÊNCIA FLAMENGA

Sim,

perdemos.

O dois a um do bate-bate,

da picotação nível máximo,

do Cruzeiro jogando como se fosse final de Copa do Mundo.

A gente entende.

Pra eles,

vencer o Flamengo é  redenção.

A maior glória desde os tempos de Alex.

Parabéns,

Cruzeiro,

vocês conseguiram:

bateram muito,

fizeram cera bagarai, 

e ainda contaram com um pênalti-presente pra carimbar a vitória.

Aliás,

sobre o pênalti...

Gabigol.

Sim,

aquele.

Fez um golzinho contra nós e achou que estava voltando ao topo do mundo.

Mas todo mundo viu o que aconteceu:

bateu mal,

quase perdeu e saiu pra comemorar, 

sabendo que só foi alguém na vida porque um dia vestiu o Manto Sagrado.

Gabigol sem Flamengo é só Gabriel.

Um atacante nota 6,5,

que tem mais post no Instagram do que futebol.

A gente emprestou prestígio pra ele.

Deu palco,

deu holofote e deu títulos.

Mas calma lá,

Nação,

sem mimimi.

A temporada é uma maratona,

não uma corrida de 100 metros.

Campeonato de 38 rodadas não se decide em um jogo.

Se o Cruzeiro quiser enquadrar a foto da tabela com os três pontinhos contra a gente,

que faça.

Eles precisam.

A gente,

não.

E que fique claro:

perdemos, 

e foda-se,

tá tudo certo.

Seguimos...

A próxima rodada vem aí, 

e o Flamengo volta a fazer o que faz de melhor:

dominar,

encantar e meter medo em quem ainda sonha em bater de frente com a gente.

Porque aqui é Flamengo,

parceiro.

A gente perde sorrindo e ganha gargalhando da cara dos "rivais".

Não aprendemos a ser pequenos.

Nem sabemos como fingir humildade.

O Cruzeiro ganhou de tanto bater,

e bateu porque o árbitro deixou,

mas a gente segue enorme.

Uma vez Flamengo,

Flamengo até morrer.