Loading

Notícias e Opiniões

A DERROTA PERFEITA

Detalhes do produto:

A DERROTA PERFEITA

    Vamos falar a verdade:

    A temporada do futebol brasileiro de 2025 começou no empate contra o Internacional, 

    no Maracanã.

    Ali, 

    naquele momento, 

    o futebol brasileiro deu seu pontapé inicial.

    Depois, 

    veio a protocolar vitória contra o Deportivo Táchira.

    Em seguida, 

    mais três pontos contra o Vitória, 

    fora de casa, 

    pelo Campeonato Brasileiro,

    que deveria ser, 

    ad eternum, 

    a prioridade máxima no estatuto do Futebol do Clube de Regatas do Flamengo.

    E eis, 

    então, 

    que surge a primeira apoteose flamenga do ano: 

    a derrota certa.

    No Maracanã. 

    Para um argentino.

    Sim, 

    um argentino debutante na Libertadores.

    A primeira Libertadores da história do time.

    É claro que perder para eles foi a coisa mais sensata que o Flamengo fez desde que contratou o Gerson pela segunda vez.

    Era a derrota necessária.

    Aquela que dá corpo.

    Que dá alma.

    Isso não é tropeço é roteiro!

    É evidente que o Flamengo vai devolver essa derrota com juros e correção, 

    na casa dos hermanos.

    Eles que se preparem para a inevitável derrota pedagógica.

    Mas essa derrota de agora...

    Ah, 

    essa derrota!

    Ela não dói.

    É derrota sem sequelas.

    Uma derrota gourmet.

    Perder em casa para um argentino estreante é um gesto de elegância diplomática.

    Uma fineza esportiva.

    Além disso, 

    o Flamengo, 

    com sua habitual superioridade técnica e moral, 

    fez a coisa certa: 

    priorizou o jogo contra o Grêmio no fim de semana.

    Priorizar o Brasileirão,

    esse, 

    sim, 

    é o gesto de quem entende de futebol.

    Porque sejamos francos: 

    a Libertadores virou um torneio de peladeiros empobrecidos, 

    onde os brasileiros são os bilionários soberanos, 

    e todo o resto do continente, 

    os primos pobres,

    que, 

    se ainda conseguem ganhar um ponto ou outro, 

    é por causa de um temor reverencial que, 

    em alguns momentos, 

    erroneamente, 

    ainda acomete os times brasileiros.

    Falemos a verdade: 

    a Libertadores está tão baixa que, 

    se descesse mais um degrau, 

    tropeçava no sub-20 da Copinha.

    Brincadeira. 

    Ainda não chegou a esse nível.

    Mas, 

    se a enorme diferença econômica do futebol brasileiro continuar esmagando o resto do continente financeiramente, 

    já já a Taça Guanabara pode ter mais relevância.

    O Flamengo sabe das coisas.

    Decidiu que a vitória contra o Grêmio é muito mais importante do que a vitória contra o debutante argentino na Libertinha.

    A derrota de quarta-feira foi uma oferenda ao calendário.

    Um pedido de licença ao futebol brasileiro.

    Uma maneira de dizer:

    “Chegamos.”

    Porque é assim que o Flamengo funciona: 

    quando erra, 

    erra bonito,

    mas sempre termina disputando, 

    imponente, 

    a porra toda.

    E, 

    no final da temporada, 

    como sempre, 

    sobra pros outros explicarem o que aconteceu, 

    enquanto levantamos as taças.

    Somos aquele sujeito de ar blasé que já nasceu campeão.

    Mesmo quando perdemos, 

    ganhamos.

    No dia em que o Flamengo entender que a Libertadores é um campeonato menor, 

    e parar com essa balela de “clima de Libertadores”, 

    aí sim ganharemos três em cada cinco edições disputadas.

    Entender que a Libertadores é muito menor que o Brasileirão nos fará ser campeões nacionais quase sucessivamente e, 

    por consequência, 

    entrar levinho na Libertadores, 

    atropelando os hermanos.

    E então legitimaremos o óbvio: 

    bater em todos os clubes de fora do Brasil.

    Porque somos muito mais ricos,

    e não cairemos mais nessa bagatela de que “Libertadores é diferente”.

    Diferente é o cacete!

    Isso aqui é brasileiro, 

    porra!

    Isso aqui é Flamengo!

    • Wandyr F Wandyr F :

      Concordo em partes. Os hermanos estão econoMileimente prejudicados, mas a copinha de boleiro ainda é a maior premiação e, quiçá o maior prêmio, visto que permite achincalhar adversários dentro e fora das quatro linhas do futebol brasileiro!


      2 semanas atrás 
    Palavras Mínimas :
    Comentários

    Posts Relacionados

    Mais Posts